Financiamento imobiliário: Tabela Price ou SAC?
Um dos dilemas mais comuns no processo de compra de um imóvel é a escolha do modelo de financiamento imobiliário. Qual a melhor opção de prestações, a da Tabela Price ou a do SAC?
A resposta é: depende. Ou seja, é preciso colocar algumas questões na balança.
Porém, antes convém apresentar as diferenças básicas entre os dois modelos.
A Tabela Price é aquela em que o valor da prestação é o mesmo do começo ao fim. Há apenas as correções anuais, mediante o indicador fixado no contrato. Os utilizados com mais frequência são a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ou a TR (Taxa de Referência).
Entretanto, o SAC [Sistema de Amortização Constante] estabelece uma queda gradativa no valor das prestações. Além disso, há a correção anual das parcelas, geralmente também pelo IPCA ou pela TR.
Por que o modelo de prestação é diferente?
Na Tabela Price (conhecido como Sistema Francês de Amortização), a diminuição da dívida é gradativa. Já no SAC, a amortização é mensal.
Os juros do financiamento imobiliário incidem sobre o saldo devedor. Logo, com maior amortização da dívida, o valor das prestações pode ser diminuído.
De acordo com analistas de mercado, com o SAC a economia final com o financiamento chega a até 10%. Por isso, a maior parte dos consumidores opta por essa modalidade. Mas não é regra. Há situações em que a Tabela Price pode ser mais viável.
O que avaliar na hora de escolher o modelo de financiamento imobiliário
Pela modalidade SAC, a prestação na fase inicial é mais cara em relação à Tabela Price. Dessa forma, o SAC pesa mais no orçamento, em um prazo mais curto.
Assim, quem dispõe de uma renda mais apertada para entrar em um financiamento imobiliário tende a identificar a Tabela Price como mais viável.
Em contrapartida, à medida que o tempo passa o impacto da prestação no modelo SAC se dilui. Pela Tabela Price, não: o comprometimento será o mesmo até o quitar da dívida.
Portanto, tudo depende de uma análise minuciosa não só do presente como das perspectivas para o futuro.
O consumidor que não tenha previsão de aumento considerável de sua renda deve levar em conta o fato de que as prestações diminuirão com o tempo, no caso do SAC.
Do mesmo modo, o consumidor que, de início, está com orçamento mais justo porém antevê incremento em seus ganhos mais adiante, poderá colocar na conta essa folga futura.
E tem mais um fator: a possibilidade de o financiamento ser antecipado. Sobre isso, convém conferir algumas recomendações, clicando aqui.
Uma boa dica é fazer uma simulação antes. Os maiores bancos na oferta de crédito imobiliário (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) dispõem de ferramenta, online, para você fazer a comparação e verificar a opção mais adequada.
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